26/07/2007

Decisão política

De acordo com o presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério brasileiro da Educação "falta uma decisão política para darmos início à fase de transição, principalmente no que diz respeito às editoras brasileiras", afirmou Godofredo de Oliveira Neto.

Logo que as novas regras comecem a vigorar, inicia-se um período de transição para que os Ministérios da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), associações e academias de letras, editores e produtores de materiais didácticos possam, gradualmente, reimprimir livros, dicionários, cartilhas e outros materiais.

Em princípio, a ortografia comum da língua portuguesa já pode entrar em vigor, porque três dos oito países lusófonos - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

O protocolo modificativo permite que o acordo vigore com a ratificação de apenas três países da CPLP.

Portugal já ratificou o acordo, mas ainda falta ratificar o protocolo modificativo.

Segundo especialistas, as modificações propostas no acordo devem alterar 1,6 por cento do vocabulário de Portugal.

Os portugueses deixarão de escrever "húmido" para usar a nova ortografia - "úmido".

Desaparecem também da língua escrita em Portugal o "c" e o "p" nas palavras onde estas letras não são pronunciadas, como em "acção", "acto", "baptismo", "óptimo".

No Brasil, a mudança será menor, já que apenas 0,45 por cento das palavras terão a escrita alterada.

O trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente.

Outro exemplo é o fim do acento circunflexo nas paroxítonas terminadas em "o" duplo ("vôo" e "enjôo"), usado na ortografia do Brasil.

O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", "w" e "y". Apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

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