23/07/2010

Olimpíada em Hamburgo testa conhecimentos sobre língua e cultura alemãs

Em sua segunda edição, Olimpíada de Alemão tem a participação de 90 jovens de todo o mundo, sendo duas garotas do Brasil.

Elas têm 16 anos e aceitaram o desafio de se dedicar ao aprendizado do idioma alemão. A paranaense Amanda Upton Martinez e a gaúcha Gésica Fritsch Dorfey estão em Hamburgo, no norte da Alemanha, ao lado de quase 90 estudantes de 46 países para descobrir quem sabe mais sobre a cultura e a língua alemãs. Para a maioria dos participantes, que têm entre 16 e 19 anos, esta é a primeira vez que vêm à Alemanha.

Os vencedores em cada um dos três níveis de aprendizado ganham uma viagem à Alemanha no próximo ano. Também o segundo e terceiro lugares receberão prêmios na cerimônia oficial, que ocorrerá no próximo dia 30 de julho na prefeitura de Hamburgo.

O foco da Olimpíada de Alemão está em estimular os jovens a pesquisar e debater diferentes temas, como por exemplo, o que imaginam para o seu futuro e como entendem a vida na Alemanha e no seu país. A competição inclui além de atividades linguísticas, tarefas que demonstrem o potencial criativo dos participantes.

Porta de entrada para o mundo

Esta é a segunda vez que este tipo de olimpíada é realizada em solo alemão. A primeira ocorreu em 2008 em Dresden. A experiência positiva daquele ano, com o apoio do Instituto Goethe e da Associação Internacional dos Professores de Alemão, resultou na edição deste ano.

A escolha por Hamburgo não foi apenas por ser uma das sedes do Instituto Goethe, mas também porque o porto da cidade é considerado há séculos uma "porta de entrada para o mundo", que não deixa de ser um dos propósitos da competição.

Para que alunos de mais países pudessem participar, o número de participantes por nação foi reduzido de três para dois. Para chegar a Hamburgo, os participantes tiveram de vencer uma fase da Olimpíada em seus países, cujo prêmio foi a viagem para a final na Alemanha.

Por que Olimpíada?

A origem da palavra está nos países do antigo bloco oriental, explica o coordenador do evento em 2010, Knuth Noke.

Ele lembra que "foi uma tradição durante muitos anos na região. Havia, por exemplo, olimpíadas de matemática e xadrez, que se realizavam anualmente. Mas havia também competições de língua estrangeira, e entre elas, o alemão".

Ponte intercultural

Reunir quase 90 candidatos de todo o mundo para a final da olimpíada em Hamburgo exige não só logística por parte da organização, como também envolve altos custos. Mas Knuth Noke vê isto como um bom investimento, não apenas no campo científico, mas também cultural. Segundo ele, investir em educação é investir no futuro.

Enquanto na Rússia diminui o interesse em aprender alemão, ele continua alto na Polônia. Com 2,2 milhões de estudantes de alemão, a vizinha da Alemanha lidera a lista de estudantes do idioma no mundo.

Em um evento multicultural como a Olimpíada de Alemão, se constroem verdadeiras pontes entre os países e culturas. E o link é o idioma alemão.

Para a coordenadora, Gabriele Stiller-Kern, um dos motivos do evento é estabelecer esta ligação. Ela explica que os participantes da Olimpíada de Dresden mantém contato até hoje, sendo que muitos hoje estudam na Alemanha.

Fonte: DW - Autor: Beatrice Warken / Renata Colombo - Revisão: Roselaine Wandscheer

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