05/08/2010

Novas diretrizes do Governo alemão para relações com A.Latina

Berlim (EFE).- O gabinete ministerial alemão aprovou hoje um novo pacote de diretrizes para as relações deste país com os estados da América Latina e do Caribe diante da crescente importância política e econômica de algumas nações como o Brasil e o México.

O novo conceito para a política alemã em direção à América Latina substitui o elaborado há 15 anos e pretende afiançar e aumentar as relações da Alemanha com os países em todos os campos, desde o político e econômico, ao social e cultural.

O documento de 96 páginas ressalta que a Alemanha deve "se esforçar ativamente" para manter e aumentar as estreitas relações com diferentes países latino-americanos.

Assinala que para a economia e indústria alemãs, a América Latina não só é uma importante base de produção das empresas germânicas, mas um "mercado de contínuo crescimento" para a venda de seus produtos.

O novo conceito destaca como metas importantes da Alemanha na América Latina uma participação mais ativa na proteção ao meio ambiente, à pesquisa e à educação, assim como ao fomento da democracia e ao estado de direito.

A aprovação das novas diretrizes da política alemã em direção à América Latina pelo conselho de ministros ocorreu sob a Presidência do vice-chanceler e titular de Exteriores, Guido Westerwelle, isso porque a chanceler federal, Angela Merkel, está de férias.

O documento lembra que a "América Latina e o Caribe se mantêm, ao contrário que outras regiões do planeta, como uma zona de paz", a primeira do mundo livre de armas nucleares após a assinatura do tratado de Tlateloco.

"O Governo federal considera prioritário fazer sua contribuição para a consolidação das democracias representativas e a estabilização das economias na América Latina e na região do Caribe, também para que possa ser desenvolvido plenamente o potencial das relações (com esses países)", assinala.

Acrescenta que "para a realização de metas políticas de importância mundial como a criação e manutenção da paz, a imposição dos Direitos Humanos e o direito internacional, e também à proteção ao meio ambiente e aos recursos, assim como uma ordem comercial justa em nível mundial e a reforma das Nações Unidas temos 33 Governos parceiros na América Latina e no Caribe.

O documento destaca igualmente o apoio da Alemanha aos processos regionais de integração de organizações como Mercosul, Comunidade Andina de Nações (Can), Sica e Caricom, assim a crescente cooperação entre os países latino-americanos com a União Europeia.

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