Berlim homenageia 'gays' vítimas dos nazis
HELENA TECEDEIRO
Foram mais de 50 mil os homossexuais perseguidos, deportados, torturados e muitas vezes mortos pelo regime nazi durante a II Guerra Mundial. Um drama esquecido que ontem foi trazido à memória de todos na inauguração de um monumento em homenagem aos "triângulos rosa", como os gays eram identificados durante o III Reich.
Numa cerimónia presidida pelo ministro da Cultura, Bernd Neumann, e pelo presidente da Câmara de Berlim, Kalus Wowereit, ele próprio homossexual assumido, a Alemanha prestou a sua primeira homenagem pública aos gays vítimas do nazismo. Neumann lamentou que este drama tenha merecido "tão pouca consideração" na Alemanha do pós-guerra. O ministro lamentou ainda que o monumento só agora tenha sido inaugurado.
O memorial , situado junto à porta de Brandenburgo e frente ao monumento às vítimas judaicas do Holocausto consiste num enorme cubo de betão com 3,60 metros por 1,90. Os visitantes podem espreitar por uma janela aberta numa das suas paredes e ver um vídeo que mostra dois homens a beijarem-se. A cena será substituída dentro de dois anos por um beijo entre duas mulheres.
Na fachada do monumento, que custou ao Estado alemão 600 mil euros, uma placa recorda os sofrimentos "sem precedente na História" infligidos pelo regime de Adolf Hitler a milhares de homossexuais e lésbicas entre 1933 e 1945. Mais de 50 mil foram condenados com base num artigo do Código Penal alemão retirado apenas em 1969, mesmo assim 25 anos antes de a homossexualidade ser totalmente despenalizada naquele país.
Da autoria dos escandinavos Michael Elmgreen e Ingar Dragset, o monumento já estava envolto em polémica antes mesmo da sua inauguração. Segundo o Frankfurter Rundschau, o ministro Neumann proibiu a reprodução nos convites que foram enviados do beijo que está a ser projectado no memorial. Para os autores, isto só prova que "o conceito funciona". "A aceitação dos homossexuais no Norte da Europa é muito dúbia e há pessoas que preferem não os ver", disse Elmgreen.
Os autores do monumento quiseram usar "a mesma linguagem visual" que existe no monumento aos judeus vítimas do Holocausto. Afinal "tratou-se do mesmo sofrimento, da mesma história, mas com muitas diferenças", referiu Drag-set numa entrevista à revista Zitty.
Numa cerimónia presidida pelo ministro da Cultura, Bernd Neumann, e pelo presidente da Câmara de Berlim, Kalus Wowereit, ele próprio homossexual assumido, a Alemanha prestou a sua primeira homenagem pública aos gays vítimas do nazismo. Neumann lamentou que este drama tenha merecido "tão pouca consideração" na Alemanha do pós-guerra. O ministro lamentou ainda que o monumento só agora tenha sido inaugurado.
O memorial , situado junto à porta de Brandenburgo e frente ao monumento às vítimas judaicas do Holocausto consiste num enorme cubo de betão com 3,60 metros por 1,90. Os visitantes podem espreitar por uma janela aberta numa das suas paredes e ver um vídeo que mostra dois homens a beijarem-se. A cena será substituída dentro de dois anos por um beijo entre duas mulheres.
Na fachada do monumento, que custou ao Estado alemão 600 mil euros, uma placa recorda os sofrimentos "sem precedente na História" infligidos pelo regime de Adolf Hitler a milhares de homossexuais e lésbicas entre 1933 e 1945. Mais de 50 mil foram condenados com base num artigo do Código Penal alemão retirado apenas em 1969, mesmo assim 25 anos antes de a homossexualidade ser totalmente despenalizada naquele país.
Da autoria dos escandinavos Michael Elmgreen e Ingar Dragset, o monumento já estava envolto em polémica antes mesmo da sua inauguração. Segundo o Frankfurter Rundschau, o ministro Neumann proibiu a reprodução nos convites que foram enviados do beijo que está a ser projectado no memorial. Para os autores, isto só prova que "o conceito funciona". "A aceitação dos homossexuais no Norte da Europa é muito dúbia e há pessoas que preferem não os ver", disse Elmgreen.
Os autores do monumento quiseram usar "a mesma linguagem visual" que existe no monumento aos judeus vítimas do Holocausto. Afinal "tratou-se do mesmo sofrimento, da mesma história, mas com muitas diferenças", referiu Drag-set numa entrevista à revista Zitty.
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