25/07/2008

Intelectuais condenam criminalização de imigrantes na Europa

Intelectuais e ativistas sociais de 15 países americanos assinaram um manifesto criticando a adoção, por parte da União Européia (UE), da Diretiva de Retorno.

Esta medida aprovada no último mês, pelo parlamento europeu, criminaliza os imigrantes que estão vivendo de maneira irregular nos países pertencentes ao bloco.

A partir de agora, todo imigrante ilegal que for pego por autoridades destes países ficará detido até que seja mandando de volta para o seu país de origem.

Entre os manifestantes estão o argentino ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o ativista social brasileiro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo e outros.

No documento, eles lembram que alguns de seus antepassados vieram da Europa, sendo recebidos com generosidade nos países americanos onde hoje vivem os seus filhos e netos. O manifesto também lembra que esse esquecimento impede que a Europa se dê conta de que os países do bloco não possuiriam a riqueza que têm hoje sem a mão-de-obra barata vinda de fora.

Por fim, os intelectuais afirmam que a "Europa deveria pedir perdão ao mundo, em vez de impor por lei, a perseguição e o castigo aos trabalhadores migrantes".

As informações são da rádio Notícias do Planalto.

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