11/12/2011

Governo amplia o Ligue 180 para atender brasileiras em situação de violência em Portugal, Espanha e Itália


Fonte: Blog do Planalto

O governo federal ampliou a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 para brasileiras em situação de violência em Portugal, Espanha e Itália. Assim como no Brasil, o serviço vai funcionar 24 horas por dia e a ligação é gratuita. No programa de rádio Bom Dia Ministro transmitido hoje (8), a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, explicou que o Ligue 180 vai atender as vítimas de violência doméstica, de cárcere privado e aquelas que foram ludibriadas por organizações criminosas com falsas promessas de emprego e acabam cedendo à prostituição. A ideia é ampliar o atendimento para outros países.

“Nós receberemos a ligação da vítima na nossa central de atendimento aqui no Brasil. Então, nós vamos separar e encaminhar, porque cada caso é um caso diferente. Assim, haverá casos em que será diretamente direcionado à Polícia Federal, quando, por exemplo, se tratar de tráfico ou de trabalho escravo. Outros casos, nós encaminharemos ao consulado brasileiro e, talvez, o serviço que aquela pessoa precise, a própria rede de serviço daquele país onde ela está é suficiente. Todos os casos serão tratados, obviamente, de acordo com os nossos acordos bilaterais assinados com os países onde o serviço está instalado.”

As mulheres em situação de violência na Espanha devem ligar para 900 990 055, fazer a opção 3 e, em seguida, informar à atendente (em português) o número 61-3799.0180. Em Portugal, devem ligar para 800 800 550, também fazer a opção 3 e informar o número 61-3799.0180. E, na Itália, as brasileiras podem ligar para o 800 172 211, fazer a opção 3 e, depois, informar o número 61-3799.0180.

No Brasil, entre janeiro e outubro de 2011, a Central de Atendimento à Mulher recebeu 530.542 ligações, sendo mais de 58 mil relatos de violência. Em 74% destes casos, a violência foi cometida por homens com que as vítimas possuem vínculos afeitos. Os números mostram ainda que 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.

De acordo com a ministra Iriny Lopes, em cinco anos de vigência da Lei Maria da Penha, houve cem mil julgamentos de crimes cometidos contra a mulher e dez mil agressores foram presos em flagrante.

“Os números são animadores. Embora o assunto seja sério e a gente tenha pressa de resolver, não acredito que seja alterando a lei que vamos conseguir, mas, sim, aplicando a lei. Não precisamos inventar leis novas, porque as leis que estão aí dão conta. O que precisa é que as autoridades assumam, efetivamente, as suas responsabilidades”, disse .

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